Camilo Pessanha, imagem da net.
Foi há 150 anos o seu
nascimento!...
OLVIDO
Desce
por fim sobre o meu coração
O
olvido. Irrevocável. Absoluto.Envolve-o grave como véu de luto.
Podes, corpo, ir dormir no teu caixão.
A
fronte já sem rugas, distendidas
As
feições, na imortal serenidade,Dorme enfim sem desejo e sem saudade
Das coisas não logradas ou perdidas.
O
barro que em quimera modelaste
Quebrou-se-te
nas mãos. Viça uma flor…Pões-lhe o dedo, ei-la murcha sobre a haste…
Ias
andar, sempre fugia o chão,
Até
que desvairavas, do terror.Corria-te um suor, de inquietação…
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