segunda-feira, 18 de setembro de 2017

Lita Lisboa


Lita Lisboa, imagem da net.




ROSA DOS VENTOS

Num tempo de fogo,
quantas pelejas
teremos de hastear?

Com a alma febril do desespero
se espera a hora do milagre,
redentor dos pesadelos.

Até lá, morre-se no crepúsculo.

As essências aromáticas,
dissipam-se nas cinzas voláteis
e sem rota.

O sol derrete-se!
As estrelas choram
reinos de sombras…

E a rota dos ventos,
perde-se nas entrelinhas
dos poemas que não escrevo,
porque as memórias mágicas
adormeceram!

 
Lita Lisboa, in “Crepúsculo”, página 44, edições Temas Originais, 2012.   

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