Carla Furtado Ribeiro, imagem da net.
FOSSES UMA DESERTA
PRAIA
Fosses
uma deserta praia ou uma terra nua
Ou
um lago esquecido, uma face da lua
A
menos iluminada, a mais crua
Ainda
assim, ainda assim…
Fosses
um fogo apagado, uma noite fria
Uma
pedra disforme, um abismo
Uma
lança, uma espada ou uma arma disparada
Ao
vazio do céu, à máscara da vida
Ainda
assim, ainda assim…
Te
tomaria ao nevoeiro da noite, à bruma do dia
E
num esgar do tempo ou num recanto
Ainda
que imperfeito de harmonia
Eu
te amaria, eu te amaria, eu te amaria…
Carla Furtado Ribeiro, in “[Em Silêncio]”, página 36, edições Chiado Editora,
Agosto, 2013.
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