Ponte desencontrada. Foto de José Sobral (na net).
Nas
fissuras dos meus dedos
ardem
desgostos da vida,
salpicados
d’alguns medos
causas
de tanta ferida.
Espalham
às contínuas mãos
desesperos
do seu sofrer,
repercutindo
os senãos
ao
apaziguar do viver.
Firmes
raízes consolidam
as
estripes emergentes,
enquanto
dermes lidam
com
os dedos mais doentes.
Mágoa
toldada assim
nas
rugas vindas da pele,
canteiro
sem flores de mim
ínfimo
ponto que gele.
Áspero
sentir do imo
no
culminar da saudade,
no
verso que ora rimo
que
anseia liberdade.
António MR Martins
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