Constata-se o quebrar contínuo
da (des)união da Humanidade
e a chegada de um capítulo sem luz
vindo de um túnel sem ter fim.
Há uma máscara que esconde perfis
e amedronta os diversos olhares
que esconde as amarguras da vida
e sustém todos os cheiros da natureza.
Há um gel alcoolizado
que age inusitadamente
como possível emenda
de todas as atitudes incoerentes.
Parece que o Natal anterior
já foi há tantos anos…
Os corpos e suas mentes desgastam-se
nesta conjuntura do desapoio
e as bocas falantes vociferam opiniões
de amplitude variável.
O conceito de que Natal é quando se quiser
também não tem paradeiro nesta vigência.
O anseio e a tristeza acorrentam-nos
toda possível liberdade
e há uma lágrima tímida e perdida
que cai na âncora do desespero.
António MR Martins
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