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Amando
tanto que nada supera tal
se enlevam sentidos agonizados,
que à saída de um imenso lamaçal
se superam conceitos avaliados.
Quando
um grande amor não finda
desliza à tona dos rios-encanto,
numa plenitude algo desavinda
pelo malogro suspeito do pranto.
Se
o amor se inventa na hora
por vezes se empertiga na demora
desfalecendo e empolgando-se depois.
E
nas traições descabidas tanto sofre
nos embates surpresa vindos de chofre
na epopeia sempre sentida a dois.
António MR Martins
Inspirado
no poema de Jorge de Sena “Amo-te Muito, Meu Amor, e Tanto”, in “Poesia, Volume
I”.
se enlevam sentidos agonizados,
que à saída de um imenso lamaçal
se superam conceitos avaliados.
desliza à tona dos rios-encanto,
numa plenitude algo desavinda
pelo malogro suspeito do pranto.
por vezes se empertiga na demora
desfalecendo e empolgando-se depois.
nos embates surpresa vindos de chofre
na epopeia sempre sentida a dois.
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