Ucrânia, guerra. Imagem na net.
Uma
bala cumpre o caminho do seu disparo
o insólito percurso da dor e da perda
a razão inexistente
a força indescritível
num destino programado
não o proveniente da existência sonhada.
Uma
bala carrasca de um cumprimento salutar
não de um crime
não de qualquer delinquência
sim na rudez implementada com rancor
sem preconceito e conceito
num total devaneio
mas com dor… sempre dor… muita dor.
Uma
bala que se entranha num peito
de qualquer resistência
num qualquer peito dado a ela
sem quaisquer reticências
e o corpo cai
a casa cai
e toda a vida em redor se fere intensamente.
Há
uma lágrima de uma criança
um brinquedo que se solta das mãos de outra
uma chama enorme entre o gelo
após um estrondo bem profundo
que ecoa até longe… muito longe
e não há fôlego para mais nada.
Depois
caem outros corpos
em mutilações doentias e constantes
num sofrimento inexplicável
sem sentido
sem rodeios
sem contemplações.
Tudo
eclode na passagem de cada bala
e cada bala passa
penetra e ultrapassa a vida
a criação
a história
que nunca mais será a mesma.
Tombam
todos os alicerces
com um simples clique
pelo frio sangue
com o aperto do gatilho
e a máquina não pára
avassalando a Humanidade
a total sangue frio.
Depois
ficam os escombros
a incompreensão plena
a dor infinita que a bala deixou
e faltam as palavras
para escrever o que sentimos!
António MR Martins
Depois de
ouvir, sentir e ver imagens da entrada das tropas russas pelas terras
ucranianas, numa invasão sem explicação e sem limites, Março de 2022.
o insólito percurso da dor e da perda
a razão inexistente
a força indescritível
num destino programado
não o proveniente da existência sonhada.
não de um crime
não de qualquer delinquência
sim na rudez implementada com rancor
sem preconceito e conceito
num total devaneio
mas com dor… sempre dor… muita dor.
de qualquer resistência
num qualquer peito dado a ela
sem quaisquer reticências
e o corpo cai
a casa cai
e toda a vida em redor se fere intensamente.
um brinquedo que se solta das mãos de outra
uma chama enorme entre o gelo
após um estrondo bem profundo
que ecoa até longe… muito longe
e não há fôlego para mais nada.
em mutilações doentias e constantes
num sofrimento inexplicável
sem sentido
sem rodeios
sem contemplações.
e cada bala passa
penetra e ultrapassa a vida
a criação
a história
que nunca mais será a mesma.
com um simples clique
pelo frio sangue
com o aperto do gatilho
e a máquina não pára
avassalando a Humanidade
a total sangue frio.
a incompreensão plena
a dor infinita que a bala deixou
e faltam as palavras
para escrever o que sentimos!
Sem comentários:
Enviar um comentário