São de pedra
as minhas palavras
entretiveram-se a florir
nas serras
agasalhando o uivo dos lobos
e o sono das noites mais frias.
São como rios perdidos
nas serras
montes rasgados
em fluidos de alecrim
suspiros errantes
arranhar o vento
feridas que se abrem
dentro de mim.
Murmúrios calados
a eclodir no chão
afagando os pés
que trilham o destino
conchas diabéticas
que se matam de sal
areia da praia
em bebedeiras de poesia.
São cânticos de pássaros
as minhas palavras.
Ousaram abrilhantar
os becos mais sombrios
as feridas dos vagabundos
tropeçando na estrada
como se fossem crianças
a chorar a vida!
Vóny Ferreira
2 comentários:
António,
Em minhas andanças poéticas, como blogueira e amante da poesia, acabei encontrando o seu Blog e gostei muito de seus poemas...seu blog tb é impecável em tudo!
Parabéns!
Postei um Poema seu em meu Blog principal, se me permite.
Abraços,
Reggina Moon
www.versoeprosapoemas.blogspot.com
Muito obrigada António por este
poste.
Numa altura em que menos esperava, acredite, sabe sempre bem receber um
mimo de alguém que sempre fou afável comigo. O António R. Martins
Muito obrigada e um beijo
Vóny Ferreira
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