quinta-feira, 6 de maio de 2010

Tempo acabado de um Poeta

O tempo come-te a carne
e vomita flores perfumadas,
selvaticamente.

Ardem os livros
no inferno da Palavra
e o gosto a mel
percorre-te a língua, ávida.

Queixumes e lágrimas
acordam o Poema sagrado,
que desfaz a iliteracia
e aplaude o Poeta
compassivo do tempo
que come carne
e vomita flores.
Vera Sousa Silva

1 comentário:

Vera Sousa Silva disse...

António...

Um beijo, obrigada meu Amigo