Uma gota de água
escorre no sentido
da negação constante
como vaga de esperança
Outra gota
salgada
lágrima de tantas outras
inventa o que não consegue
Já não há gotas
que alimentem a sede
da secura de tantos sóis
e do frio desesperante
Os rios desaguam
menores
no mar que lhes cabe em foz
E os barcos deixaram de navegar
António MR Martins
Foto by Gonçalo Lobo Pinheiro - Lantau.
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