sábado, 12 de maio de 2012

És-me
e nunca foste minha
navegas no lamento das águas
onde as aves não pernoitam
e a noite avança em pleno dia

refletem –te os espelhos
e no sangue agitado das rosas
nascem gritos de silêncio

os braços ancorados
calam os abraços
distantes os lábios
do murmúrio do mel

quero-te página do meu livro
letras com asas
amanhecer de gestos e palavras…


Clara Maria Barata

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