SAUDADE ONDE ME FAÇO CAIS
Sou
barca, vogando em maré-cheia
sem
destino neste monótono mar…Barca fantasma sem rumo ou ideia,
que anda à procura sem se encontrar.
Sou
barca à deriva num poema lento
olhando
fins de tarde buscando certezauma saudade imensa e nu o pensamento,
na boca beijos a que ainda estou presa.
Remoto
o tempo na distância percorrida
derradeira
esperança levo ingenuamente!Não paro que o tempo me leva de vencida
navego
neste mar… Onde não sou mais
nem
onda, ou maré, ou sequer correnteapenas saudade onde me faço cais…
Natália Canais Nuno, in “A Melodia do Tempo”, página 33, edições Lua de
Marfim, Outubro de 2013.
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