[Melodias
de azul em paz amansam]
e dançam,
lá ao fundo,
no meio do mar,
junto a um piano,
damos as mãos,
a noite e eu,
numa balsa etérea,
que vive dentro de um
relógio estagnado
sem hora,
nem lugar.
A
bruma e a água salgada,
lá
ao longe,tocam-se,
em húmidos vapores,
e beijam-se,
num sopro de vento,
entreolham-se,
apaixonam-se e dissipam-se em sons,
com tons de fim de dia,
ao longe fica a marca de um ser,
que não nasceu,
só aconteceu.
Pedro Garcez Pacheco, in “ Partituras de uma Nau”, página, 23, edições Vieira
da Silva, Janeiro de 2014.
Sem comentários:
Enviar um comentário