Por terras de Pedrógão Grande. Foto de António Martins.
Esgravatam
os ânimos rebeldes
Indispostos
pela tolerânciaE para tantos outros afagos
Os
fogos se desvanecem
Os
pruridos se elevamAs mentes enlouquecem
E as verdades não se revelam
As
melodias são confusas
E
a ilusão incorporamEntre tantas palavras difusas
Os
aceiros já não dividem
As
pedras esmorecemAs árvores não se agitam
As vozes não têm comando
E as vidas não têm conserto
Pelo desespero que assentam
Há
um cântico amordaçado
Em
tanta voz do silêncio
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