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“E, todas
as entidades que ignoro
sentem
que as amo,
que aprecio
a inutilidade dos seus olhos,”
João Rasteiro,
in “A
Auscultação da Triangularidade”
“cego não é
aquele que não vê,
é todo aqueloutro
que não quer ver!...”
olhares
amorfos, brutalmente amorfos,
não
aprofundam a evidência
da
singularidade observadora
numa
amplitude consciencial.
um
dia
a
raiz do mundo
voltará
a ser raiz,
de
qual quer modo.
há
um apetrecho inseguro
quando
se olha de soslaio
ou
se transmite um cabisbaixo
amedrontado.
o
trânsito humano
descambará
num dia maior
e
todos os sinais luminosos
passarão
a ser
meros
estorvos paisagísticos.
mas
nesse dia
continuará
a
paisagem a existir?
ou
a sua raiz secará
de
inexorável modo?!...
António MR Martins
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