Imagem da net.
O verso fecha-se
à uma da madrugada
enquanto lá fora o gato mia
intrépidas sonoridades
de consecutivo alarido.
O vento descarta
seu esbracejar empolgante
e os silêncios deixam de se manifestar
por entre o usurpador movimento
da tempestade.
A chuva tomba a cântaros
ou a barris ou contentores
que inundam a terra
até ao nível do solo que a sustenta.
As luzes apagam-se em cada casa
e os seus moradores
recolhem avidamente aos seus leitos
aconchegando-se entre lençóis e mantas
e silenciando-se ante o alto ruído que soa em seu redor.
Nas suas preces madrugadoras
anseiam a espera da próxima manhã
e que ela traga o amainar deste enorme prurido.
António MR Martins
Sem comentários:
Enviar um comentário