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Navegam em mim estórias
palavras mansas
memórias
outras agrestes
longínquas
neste memorando liberto
numa gaiola sem portas.
Oiço ligeiros gritos
gemidos descompostos
alívios e pruridos amorfos
silêncios perturbadores
na eloquência dos mortos
e os vivos permanecem tolhidos
no estreito lugar da voz
em constante apelo
por todos nós.
Sosseguem mentes doentes
acolhidas em suas moradas
e todos os seus parentes
que a vida jamais acaba
de paragem em paragem
num roteiro desconhecido
talvez irracional
neste mundo aflito
que não encontra viragem
e corre desmedido
para ultimar a viagem.
António MR Martins
Abril de 2020
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