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Daqui vejo a Torre de Macau
as pontes e o delta do Rio das Pérolas
os casinos da cidade
e a azáfama para um novo aterro.
Daqui vejo o céu, às vezes,
as nuvens e a neblina
as luzes das noites turvas
e o brilhantismo de algumas límpidas.
Daqui vejo a cidade
outrora do Santo Nome de Deus
com todos os deuses
a protegerem o seu avançar na idade.
Daqui sinto a felicidade morna
dos trabalhos inacabados
a vida parada pelos cantos
onde os sorrisos moravam.
Daqui há meses te escapo
raiz do medo e da peçonha
proveito de toda a vergonha
de que enferma a Humanidade.
António MR Martins
Abril de 2020
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