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Observo a cidade deserta
onde caminho mascarado
pelas ruas, becos e travessas
plenas dum humano-vazio.
Até as borboletas
já surgem no espaço cimentado
voando junto às janelas
ladrilhadas de milenares costumes
e fechadas a todos os tropeções inexistentes.
É tenebroso este silêncio
que se aglomera noite dentro
e
que traz consigo
um ar que mais nos privilegia
na suavidade dum respirar profundo
muito mais satisfatório.
Junto às águas do lago Nam Van,
onde se avista o delta do Rio das Pérolas
já as aves são inúmeras
deambulando
entre muitas das espécies da região.
O confinamento não é simulacro
é intensa realidade.
A espera absorve-nos os dias
e a demora persiste em continuar alheia
a todos os nossos propósitos
neste agridoce condicionamento.
António MR Martins
Abril de 2020
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