Cartaz da exposição "Entrelaçar corações" (em renda),
na Praça do Município, em Ansião.
Como
a raiz do medo nos agarra
o
sentir e o palpitar
do
coração
entrelaçando
a pressão
com
o desanuviar no tempo.
Como
efervesce a razão
em
batimentos de esperança
nos
abraços distantes
e
nos olhares precoces
que
deambulam na praça do encanto.
Como
a rigidez suplanta
o
singelo estado do ser
e
das coisas prenhes de serem vistas
e
admiradas a preceito.
Mas
o beijo já não se solta.
Ai
que tempo este
onde
a discórdia se antecipa
a
todos os adequados condimentos
duma
movimentação social.
Como
é infame este bloqueio
que
urge partir da nossa frente
como
uma barreira inultrapassável.
Restam
os sentires dos corações
e
do nossos imos em segurança
entrelaçados
entre si.
Mas
tudo continua efémero
no
tempo ou na ordem
dos
nossos caminhos
e
das nossas memórias breves
que
nem tempo têm para se entrelaçar
com
as dos nossos semelhantes.
António MR Martins
Referente à exposição "Entrelaçar Corações" (em renda),
na Praça do Município, em Ansião, de 19 de Julho (com inauguração oficial a 20 de Julho)
a 5 de Outubro de 2020.
Foto de António Martins.
Sem comentários:
Enviar um comentário