António Canteiro, imagem na net.
4.
Creio no pó do vidro
na transparência das rosas
no sol que obedece ao olhar
deslumbrante
dos pássaros
Creio no poema
que penetra a crosta e toca dentro
o íntimo do aço
enlouquecido à beira das trevas
Creio na imagem da mão
nas entranhas Ardendo
no soro cintilante do sangue
Creio na tenacidade Vigilante
dos versos
que emprenham de gritos
e transformam o infinito dos sonhos
em eternidade
António
Canteiro, in “A Casa do Ser” (Prémio Literário Manuel Maria Barbosa
du Bocage 2018), página 36, edições Gradiva, Setembro de 2019.
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