Capa do livro "Guardadora de Ecos", de Alice Duarte,
Colecção a Água e a Sede, Modocromia, 2020.
PEDRA VERTICAL
Pedra
vertical sobre a planície
onde a urgência encontra gruas,
refúgios rudes
de mãos talhadas na inclemência do tempo.
As fendas profundas na rocha
são raiz de rios de águas revoltas
que abrem sulcos na terra seca.
Grossas lágrimas
no corpo sequioso da planície,
fecunda matéria do coração da pedra,
invisível aos que não se aventuram
nas duras escarpas.
Só para mãos feridas
existem inesperados abrigos
onde corre água,
bálsamo de obscuras mágoas.
Alice Duarte, in “Guardadora de Ecos”, Colecção a Água e a Sede,
edições Modocromia, Novembro, 2020.
onde a urgência encontra gruas,
refúgios rudes
de mãos talhadas na inclemência do tempo.
As fendas profundas na rocha
são raiz de rios de águas revoltas
que abrem sulcos na terra seca.
Grossas lágrimas
no corpo sequioso da planície,
fecunda matéria do coração da pedra,
invisível aos que não se aventuram
nas duras escarpas.
Só para mãos feridas
existem inesperados abrigos
onde corre água,
bálsamo de obscuras mágoas.
Sem comentários:
Enviar um comentário