Capa do livro "alfobres de rios", de Ana T. Freitas
a minha escada de menina
hoje
subi ao céu nas asas da minha infância
subi, subi, subi, bem alto
lá longe, tão longe que nem eu sei
e naquela escada me pendurei
sim,
essa que foi grande
saltitando, a desci e subi vezes sem conta
de sorriso nas mãos
e futuro nos olhos
sim,
essa que agora revisitada diminuta é
mas ainda forte, robusta, pedra
assim tatuada se mantém bem fundo de mim
qual arte rupestre
sim,
essa, firme, linear
que não A escada sem corrimão
de David Mourão-Ferreira
esta, nos traz cuidados
a outra, degraus límpidos, de sonhos feita
minha escora
hoje
subi ao céu
na minha escada de menina
com brincos de cerejas
e fui feliz
Ana T. Freitas, in “alfobres
de rios”, página 27, edições Modocromia, Maio de 2020.
subi, subi, subi, bem alto
lá longe, tão longe que nem eu sei
e naquela escada me pendurei
saltitando, a desci e subi vezes sem conta
de sorriso nas mãos
e futuro nos olhos
mas ainda forte, robusta, pedra
assim tatuada se mantém bem fundo de mim
qual arte rupestre
que não A escada sem corrimão
de David Mourão-Ferreira
esta, nos traz cuidados
a outra, degraus límpidos, de sonhos feita
minha escora
na minha escada de menina
com brincos de cerejas
e fui feliz
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