quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Na cidade

E a cidade adormece
Depois do ocaso forte de um dia morto.
Nada fiz, apenas assisti ao definhar do sol.
Podia lá eu salvá-lo, se a noite se ergueu.
O ar petrificou as minhas acções
Nesta noite de verão frio.
Se quiseres grito por ti,
Mas nada mais posso fazer.
Estou atado a esta ignorância nocturna
Que vai e vem todos os dias, antes de me deitar.
Pela janela vejo a cidade,
Engolida na alta noite.
O som das luzes criam em mim
Sonambulismos de chorar.
Quero dormir!
Acordar num sonho da cidade branca
E sorrir.
Gonçalo Lobo Pinheiro

1 comentário:

Luisa Martins disse...

Acho este poema divinal.
Parabéns ao autor.

LUISA