E a cidade adormece
Depois do ocaso forte de um dia morto.
Nada fiz, apenas assisti ao definhar do sol.
Podia lá eu salvá-lo, se a noite se ergueu.
O ar petrificou as minhas acções
Nesta noite de verão frio.
Se quiseres grito por ti,
Mas nada mais posso fazer.
Estou atado a esta ignorância nocturna
Que vai e vem todos os dias, antes de me deitar.
Pela janela vejo a cidade,
Engolida na alta noite.
O som das luzes criam em mim
Sonambulismos de chorar.
Quero dormir!
Acordar num sonho da cidade branca
E sorrir. Gonçalo Lobo Pinheiro
1 comentário:
Acho este poema divinal.
Parabéns ao autor.
LUISA
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