quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Sós

 

Não me canso de pensar no teu rosto, na tua pele e no ínfimo dos seus poros. Não me canso de imaginar mil e um sorrisos, e o teu olhar límpido, provido de ternura. Ai, se soubesses como desejo essa boca. Ficaria horas a contemplá-la com os dedos, em desenhos, pela noite fora. Anseio o toque e o beijo. Não consigo, nem quero, ter mão em mim. Não quero parar. É mais forte do que eu, a libido e a vontade de possuir esse teu corpo feminino, belo, perfeito, quase intocável. Ao existires, sou mais homem e sobrevivo à saudade. É verdade, basta sorrires. Tão fácil, amor. Consigo, por instantes, ter-te aqui e abraçar-te. Podiamos dançar a noite inteira, não achas? Entrelaçados ao som da vida. Gritar, fugir, viver, os dois, sós, lado a lado. Tão bom!
 
 
Gonçalo Lobo Pinheiro

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