Imagem da net.
vejo-te em linhas concretas,
desenhada,
ante as tangentes fugidias das margens
duma sóbria folha de papel cavalinho,
com tuas vestes soltas,
tombando aqui e acolá,
que te desnudam
numa toada simples
e subtilmente frágil.
te vendo assim
apelei ao som das árvores,
que vinham surgindo
num dos topos da folha,
e ao olhar vigilante do rio,
que acabara de galgar
uma das simuladas margens,
por onde acabarias
de fazer flutuar teu corpo.
a imagem dessa ficção,
visionada em desenho,
completou-se
com o inédito
da tua sublime presença física.
António MR Martins
Escrito em Hoi An, Vietname (Hotel Maison Vy), 15 de Abril de 2017
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