"Freedom", por José Cavaco, in http://olhares.sapo.pt/freedom-foto8623135.html
Palpei tua mão
que repousando em teu corpo,
de delicadas matizes,
se afigurava à minha mercê
ante a matriz do esplendor,
arredia e insegura,
ou, talvez, adormecida.
Sorriste num sono,
que se estendia na quietude
inquieta
das marés infindas,
pelo desvario dos sonhos
incautos,
que sempre despertam clamores.
Desci ao templo
da misericórdia do corpo
e da hecatombe da mente,
por onde despertaram
todos os sentires,
num tortuoso sacrifício
do teu acordar.
Depois, num ritmo alucinante,
o apogeu
de todas as sensações
e de todos os prazeres humanos,
até ao epílogo final,
que selámos com um beijo.
António MR Martins
Sem comentários:
Enviar um comentário