Xavier Zarco, imagem da net.
14.
Sabia de uma guitarra
que aconchegava as vozes
nas noites de inverno.
Do vinho jorrando
em fontanários de madeira.
Dos corpos celebrando
a conjugação
das colheitas.
Não sabia do mar,
não partilhava o destino
dos rios.
O seu sonho era ficar.
Guiar a água
que guardava.
Xavier Zarco, in “O guardador das águas” (Prémio de Poesia Vitor Matos e Sá (FLU Coimbra, 2004)), página 26, edições Mar da
Palavra, colecção Poemar, no. 3, Novembro de 2005.
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