Há uma margem desabitada
No preâmbulo da angústia
Sinal indefinido de evidências
Há uma réstia de um sabor
No âmago da discórdia
Contemporizando com a amargura
Há a proveniência
Das decisões discernidas
Na intenção da intocabilidade
Há o fragor
Implícito na abundância
Que aqui se torna de todo descabida
Há um tempo que morre
Na resolução do acabado
Na insanidade do desrespeito
Há outro tempo que ora nasce
No prelúdio da alvorada
Como tonificante para a busca do futuro
Tudo se transforma a preceito
Na evolução das vivências
Às vezes por mero defeito
Ou então nas consistências
Mas cada coisa tem seu jeito
Muito para além das aparências
António MR Martins
imagem in http://aromasdeportugal.blogspot.com/2008/05/direito-diferena.html (na net)
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