Quando o sol se esconde
e a lua nos aparece
há um caminho perdido
onde não te posso encontrar.
O efémero tempo da espera
e da inquietação
que ramifica pensamentos
e ideias de desesperar.
Chega então o frio
duradoiro
no secreto de cada noite
onde o silêncio se apaga
na sombra dos ladrares famintos
latejando a cada esquina
das ruas gélidas ao abandono.
É aqui que o afago do sonho
e do corpo que me rodeia
germinam em paralelo
num relevante conforto
que nos aquece até ser dia.
E nesse sublime ponto
onde fulminam as memórias
tudo volta a acontecer.
Outra vez!
António MR Martins
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