Para nunca mais
Para
nunca mais
o
silêncio das sombrasaquietadas em servidão
para nunca mais
a cinza do olhar
na luz magoada de um perene inverno
para nunca mais
esta dor que cerca
como um muro
semeando lodo à flor das águas
para nunca mais
os dias que jazem
onde a sorte dorme
e as noites se inquietam
de geladas luas sem candeias
para nunca mais
o pão da vida a lágrimas comprado.
Clara Maria Barata, in “No silêncio das luzes e das sombras”, página 14,
edições Temas Originais, Maio de 2014.
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