CASULO
Casulo sorriso à nascença
Força de ser no viver
Que gritou um som mordido
No silêncio revolução
Em esgares de “sofrimento” mel
Saudade metamorfose e ditame.
Era
uma vez um pólen destemido
Sequioso
de voar nas estrelasFloresta adentro de folhagem atrevida
Agreste no dizer ético
Mar chão no cativar fascículo
Capaz de fabricar uma noite
Em mil luares de dias incógnitos.
Era
uma vez um lábio amante
Que
juntou o irmão gémeoNa nascente de um encontro
Onde apenas cabia um esculpir sonoro
Marcante, seguro… sereno
Nas ondas da boca mar
Até à próxima maré…
José Luís Outono, in “Da janela do meu (a)Mar”, página 40, edições vieira
da silva, Maio de 2011.