Nada de mais actual!...
[Adoro ouvir falar, nas tuas costas]
Adoro
ouvir falar, nas tuas costas,
de
ti e dos tais crimes que tu fazes.(É o tipo de coisas que não gostas
mas é do que as pessoas são capazes).
Nunca
me intrometi. Deixo falar.
Por
estranho que pareça, o julgamentoassim, à revelia, é salutar.
O réu é condenado de momento
depois
volta, andando em liberdade,
a
cometer mais crimes, mais excessoscontra a tradicional moralidade,
confundindo
direitos e avessos.
E
eu que sou escrivão contra vontadearquivo, livremente, os teus processos.
Joaquim Pessoa, in “Sonetos Perversos”, página 23, edições Litexa
Portugal, colecção De VIVA VOZ, 1984.
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