[O arado sulca a terra]
O
arado sulca a terra…
rasga-a,mergulha no vazio
lavra a lavra
neste espaço em branco do silêncio;
a
enxada a cava e a prepara
para
a água a ferir com seu sémen,para a colheita da palavra
No
ventre prenhe da terra
a
semente em ânsias por nascere ser árvore
Em
demanda do azul,
o
novo sol
Da
convexidade do ventre convexo
nascem
amplos os horizontesque respiram na junção da terra ao corpo
A
palavra se faz poema!
Alvaro Giesta, in “ Um Arbusto no Olhar”, página 27, edições Calçada das
Letras, Outubro de 2014.
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