XXXII
Encontrámos aqui o vinho,
o gelo, o copo, o silêncio,
num lugar ermo da terra
feito e madeira velha por tempo:
o ressuscitar dos
nossos sentidos e voz;
A escrita germinando
nos degraus húmidos do
resistir.
Não há inverno nem verão.
Ninguém fala.
Escuta-se o rumor do
vento, se o vento sopra,
o silêncio das casa, da
amphora.
E há vinho: natureza
fresca.
E há mel, recolhido
cuidadosamente no ano anterior.
Encontrámos aqui o
vinho, o gelo, o copo, o corpo.
E fizemos amor.
Joaquim Alves, in “Amar Mata”, página s/n.º, edição do autor, Dezembro
2015.
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