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Sinto o tornear do sentido das coisas,
Nesta ambiguidade de mim, em mim,
Para mim.
Tudo me parece turvar a visão.
As feições das linhas curvas ou rectas,
Que adornam tudo o que me rodeia.
Há grandes dificuldades em poder
clarear
E clarificar os condimentosNeste círculo em que me mantenho
E instalo.
Tudo me parece igual,
Tudo me parece desigual,Nestas ambivalências de ambíguo contraste.
É este sortilégio incoerente
Que me amanha o imo De forma consecutiva e ultimadora
Neste último respirar.
António MR Martins
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