João Carlos Esteves, imagem da net.
CREPÚSCULO
Suavemente
chega o crepúsculo
com
os seus cambiantes serenose reflexos fugazes
como etéreas folhas em queda
das árvores outonais
Arauto
da noite próxima
prenúncio
das horas levesdos silêncios confortantes
e das solidões incógnitas
Refrescantes
sombras crescentes
espalham-se
sobre o cansaçodos momentos já esgotados
na azáfama do dia
como um manto protector
de oblívios perdões
Efémera
presença a tua
de
brandos momentos tingidoscom tonalidades difusas
transitórios pedaços em mescla
de um bulício angustiado
e de um sossego ansiado
Cai
a noite repousante
com
os seus véus de mistérioencerrando a magia tépida
do crepúsculo passageiro
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