quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018

Edgardo Xavier


Edgardo Xavier, imagem da net.




Limite

Salga-me a boca
na maresia dos teus lábios
túmidos
e despe-me

O amor não se esgota
na lisura das sedes
e antes permanece vivo
de sangue

Doces são os teus dedos
quando me esventram
na pressa de beber-me


Edgardo Xavier, in “Corpo de Abrigo”, página 22, edições Temas Originais, 2011.   

Sem comentários: