Imagem da net.
Na volta de mim
me acolhes,
sem maquiavélicas rotinas
nem pruridos da desesperança,
sem as brumas do desespero
e as noites de lua cheia.
Sei da minha ausência
a uma distância infinita,
ante o inexistente permanecer
na penumbra dos sentidos,
para tão longe parti
e de tão perto regresso.
Sei do tempo
e do destempo,
nos conformados dias
da ilimitada escuridão,
onde o estado amorfo
me trouxe laivos de solidão.
Na volta de mim
o inevitável regresso,
no pródigo recomeçar
da página inacabada,
onde o nosso poema
precisa do último verso.
António MR Martins
Sem comentários:
Enviar um comentário