Frio em França, imagem da net.
E este frio cortante
que a cada noite se fortalece
devassa-nos a concentração.
O sentido das palavras
em vãs exultações
já não urde quaisquer perspectivas.
E o frio mais empobrece
a resistência comum,
regelando tantos corpos amorfos.
Alguns movimentos
sacodem o mau estar
e o estado latente
em que essa congelação acontece.
As palavras continuam
sem apoio valorativo
e tudo se esfuma
velozmente.
A inocuidade estabelece
os próximos condimentos,
sem tempero nem paladar.
António MR Martins
Sem comentários:
Enviar um comentário