quarta-feira, 14 de agosto de 2019

Zona Sul do Rio de Janeiro


Imagem da net.





Caminho lesto
pelo calçadão em Copacabana
e um suspiro extravasa-me o imo.
Numa liberdade que tanto teme
ali mesmo junto ao Leme.

Divaguei os meus passos
numa pluralidade única,
rumo ao aconchego da Zona Sul.
Ai Zona Sul, Zona Sul!...

Em Copacabana vejo o mar
e as suas cálidas areias,
que acolhem seu ondular.
Solto um sambado sorriso
como se visse golfinhos
em inebriante saltar.

Zona Sul o teu lema
não fala de perseguição,
nem de enredos maquiavélicos.
Toda a torcida bate forte
no jogo da vida suas emoções,
tendo o conforto do tema
que enaltece um super Mengão.

Refúgio de poetas
e cantores
e de tantos dos seus amores
entre o traçado da vida,
que não omite a linda morena
e a tolerância da Lagoa.
Sentir-te é coisa boa,
Ipanema.
Ai Zona Sul, Zona Sul!...

Bordando tão simples estratagema
na bossa nova de Jobim
e nos versos de Vinícius
encadeio-me nesse problema…
Ipanema, um encanto sem fim
e assim nasce o poema.

Trago saudades de ti
e os cantos bailam –me no íntimo
com a profusa sonoridade do violão.
O azul cresce em esperança
pedindo que tanta coisa mude
e assim bate o coração.
Ai Zona Sul, Zona Sul!...

António MR Martins
(escrito por entre os meandros do Rio de Janeiro e de Ansião)

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