quinta-feira, 23 de abril de 2009

Livros editados pela Temas Originais

São oito, as obras editadas pela Temas Originais até à presente data. Poderá encontrá-las nas livrarias indicadas na berma direita deste blogue.




"Caminho da Vontade", de Paulo Afonso Ramos e "Diário de Maria Cura", de José Ilídio Torres


"Não Existes...", de Gonçalo Lobo Pinheiro e "Contos da Fogueira", de Sant'Ana



"Domador de Palavras", de Paulo Gaminha e "Interlúdios da Certeza", de Vicente Ferreira da Silva




"Ser Poeta", de António MR Martins e "A Intermitência dos Sentidos", de Octávio da Cunha

Lançamento do livro "Histórias do Deserto", de Carlos Teixeira Luís

O autor, Carlos Teixeira Luís e a editora Atelier de Produção Editorial convidam a assistir ao lançamento do livro "Histórias do Deserto", que terá lugar no próximo dia 8 de Maio, pelas 19 horas, no auditório da Biblioteca Municipal Orlando Ribeiro, no antigo Solar da Nora, Estrada de Telheiras, 146, em Telheiras, Lisboa (junto à saída da estação de metro de Telheiras).
A apresentação será feita pelos poetas Vera Sousa Silva e António MR Martins (eu mesmo!...).
"Histórias do Deserto" é um livro misto de poesia, contos e pequenos textos.
O tema: a vida citadina, os subúrbios e as travessias dos desertos particulares e colectivos (segundo o autor...).
Estão todos convidados!
Apareçam!...


quarta-feira, 22 de abril de 2009

Ternura, amor e paixão

Poesia que nenhum homem tem
só uma mãe...
um olhar cúmplice
num sorriso divino
em seios
de carinho, amor e ternura
Se não secar perdura
Num colo de mãe
Na alimentação superior união,
Sem explicação.
Maternal brincadeira
Olhos que transmitem, a luz do coração
Na boquinha pequena emoção
nos dedinhos que te tocam ternos
a maior brincadeira
Procuram com a cegueira
Por vezes podem magoar
Mas se prosseguires é, menor a dor
E compensa o amor…
Na maior ligação e apaixonada união!

(Dedico aos meus dois filhos e a minha filha com muita ternura amor e paixão)

Cristina Pinheiro "Mim"

Rendilhado poético sobre um jogo de futebol

Três equipas no relvado,
a bola mesmo no centro,
o público está instalado
e só agora é que entro!...

São onze para cada lado
mais equipa de arbitragem,
deste desporto idolatrado
venha de lá a amostragem!...

Capitães o campo escolhem,
pela tradicional moeda ao ar,
os árbitros que se amolem
vai o rude prélio começar!...

Um pontapé para a direita,
um passe mais para a esquerda,
a entreajuda é a receita
para que não haja perda!...

Num desenrolar motivado
os adeptos se emocionam...
os da casa vêm gorado
o golo que tanto ambicionam!...

Jogam os médios com fulgor,
pela dureza dos defesas...
chutam os avançados com ardor
para as balizas indefesas!...

Surge uma situação de toques
da linha dianteira visitante,
fizeram o últimos dos retoques
em belíssima jogada enleante!...

Teve um terminar ajustado,
com poderoso remate do miolo,
onde um avançado já vaiado
culminou com portentoso golo!...

Exultam os de fora a eito,
calam-se os da casa sem apelo;
a vitória vem do mesmo jeito
o treinador não há que sustê-lo!...

Venceram os tipos mais fracos
no difícil campo do adversário,
deixando-os feitos em cacos
e com a vitória por corolário!...

Levanto-me lesto e vou embora,
triste pelo ciclo de derrotas;
hoje já nada é como outrora,
naquelas épocas já remotas!...

Ganhar ou perder é desporto,
o que interessa é competir...
mais vale perder a ganhar torto,
sem outras forças a intervir!...

foto em cima, à direita, de Gonçalo Lobo Pinheiro

domingo, 19 de abril de 2009

Jardins do teu corpo

Pedalei o teu corpo
na minha bicicleta
hora após hora
dia após dia
cruzando prados e serras
de noite e de dia
silêncio e melodia
na minha bicicleta
da infância

Hora após hora
dia após dia
no teu corpo
construi uma casa
e um jardim
onde enterrei o passado
e a minha bicicleta velha

Cem vezes
no teu corpo ou jardim
plantei
cem videiras de vinho novo
e nos teus seios
caí embriagado
hora após hora
dia após dias
em bicicleta
e sem passado

Era meio dia
e tinha fome
trepei à arvore
comi o fruto
doeu-me a barriga
parei
deu-me vontade de vomitar
vomitei:
-sapos, cobras, répteis
e na tua boca ancorei
o meu navio
até ao dia nascer
até ao dia morrer
morri contigo.

José Ilídio Torres

A luz não tem entardecer

Ponto fixo no prumo da escuridão.
Semáforo desentendido ao chegar o anoitecer.
Sinal perpetuado neste mundo imensidão.
Pirilampo tardando em se esconder.

Tu loira mulher que iluminas teu ser
Tu morena que no teu olhar tens a questão,
ou sendo ruiva consegues percorrer
os valores que as mulheres têm por razão!...

Tu mulher que és luz... não tens entardecer!

foto em cima à direita: RF Royalty Free

sábado, 18 de abril de 2009

Fantasias...

Em noites de muita paixão fui tua!
Cadência de soluços e de gritos.
Os teus braços... Infinitos!
Minha boca te beijou, nua ...
Fogueira a esbrasear que me consome...
De ti tenho sede... De ti tenho Fome!

Eu que por ti andei muitos caminhos.
Meu olhar, faminto, de amante!
Um dia vou crucificar-me nos espinhos.
Quando meus olhos forem, de novo, teu mirante...

Corpus unnis se desejam .
Hei-de dar-te esta boca, que é só minha!
Lábios de rosa te beijam...
No mesmo Luar que um dia te beijou....
Onde as minhas garras de poetisa, te prenderão...
Num longo mas apaixonante voo...

Luísa Raposo

O finar de uma flor

Nessa ilha de enredos,
ultimaste teu provir...
declaraste teus segredo
se deixaste de te sentir.

Do teu sol saiu a lua,
da luz a escuridão...
deixaste-te ficar nua
naquela imensidão!...

Ultraje no pensamento
originou queda de anjo,
sem permitir retrocesso.

Saiste de um portento...
deixaste de ouvir o banjo
e acabaste o teu processo!...

quinta-feira, 16 de abril de 2009

««Uivam os ventos««

Uivam os ventos na charneca tórrida
Parecem lamentos em línguas de esperança
Em terra moribunda, carente, esquecida
Num cantar dorido,entoam ecos de mudança

Olho-te no passado, chorando o presente
Terra de sangue, ressequida em lume
Ceifaram da lembrança em memória ausente
Os risos do povo, viraram queixume

Se no florir da primavera teus ais se esvaíssem
Se ressurgisses na madrugada , em sol
E os vales adormecidos em vida se abrissem

Ai meu Alentejo,largavas o passo de caracol
Quisessem os homens que os campos florissem
Que de novo renascesses, em flores de Girassol

Antónia Ruivo "alentejana"

Mar revolto em mim

Tolhido a montante da ilha,
logrado no centro do medo;
perdido por entre a escotilha
do barco, no mar do segredo!...

Revolto em sua ondulação
no leito das negruras da vida…
expoente, o máximo bastião
onde a fuga não é permitida!...

Prisioneiro do percalço omitido
na distância de sentido irreal,
perante as vagas do desencanto.

O semblante mantém-se sofrido
num destino negro e surreal,
que menospreza o simples canto!...

terça-feira, 14 de abril de 2009

O Livro "Pedaços de Vida e Fantasia", de António Paiva


O novo livro de António Paiva, "Pedaços de Vida e Fantasia", vai estar em diversas sessões de apresentação pelo país, consulte o calendário em:

Por ser uma obra de qualidade, da autoria de um grande escritor, aqui a colocamos como sugestão, a não perder.
Divulguem!


domingo, 12 de abril de 2009

Diário de Maria Cura

Diário de Maria Cura, do autor José Ilídio Torres, é a última grande novidade da Temas Originais.
"Diário de Maria Cura" - Sinopse
Uma bela mulher é assassinada na noite de Carnaval. A polícia, na procura de pistas que levem ao criminoso, depara-se com um diário num site de escrita chamado Luso-Poemas, onde a falecida retrata sobre a identidade de Maria Cura uma série de relacionamentos que mantém.
Há uma pergunta sem resposta no ar:
Quem matou Maria Cura?
Já poderá encontrar este fabuloso livro em algumas livrarias que trabalham com a Temas Originais, que em breve, estará em todas livrarias com quem fazemos parceria.

breve ensaio ao livro

ao longo da História,
milhões foram queimados,
pelo vil propósito de os calar.

domínio branco tingido pelo saber!
linhas de força;
da generosa e espiritual humana criação.

ah seiva fascinante!
de sabor destemido ante os poderosos,
que estremecem diante do poder da palavra nua.

não balbucia memórias; instiga-as!
em matéria pastosa e solidificada,
rasga o domínio do interdito,
na voz do poeta e escritor maldito.

e de júbilo terno te observo,
leio, venero e amo num clamor branco,
nas páginas esculpidas em sangue
pelo cinzel, na memória do poema onde respiro.

António Paiva

Hoje vou falar de amor

No estreito
da satisfação,
apelidado de felicidade,
pela sublimação...
partículas de céu azul
se vislumbram
pelos orifícios
de suas paredes,
desgastadas pelo tempo...

Nesse inacessível
local,
à maioria dos mortais,
não existem ideais...
apenas o sentir
profundo,
no reverso da alma...
a ponte entre o amor
e o desconforme
mundo...

Ali,
à noite,
são as estrelas
a enfeitar a visão...
apenas
um pequeno senão:
- A essa hora dormes
e de ti some
a realidade...
podes sonhar!...

Eu, enfim,
continuo
a te amar!...

sábado, 11 de abril de 2009

Olhos d' Alma

Os teus olhos azuis marcam
Fragrâncias de luar marfim
Soltando existências
Prementes
Como os teus beijos
Lábios afagam
Sabores ocultos revoltados
Sim
Se da sua ausência, se sente
A saudade deles
Molhados

E a Alma?
Não a escondas
Se no ténue brilho do olhar se vislumbra
O amor descoberto
Não te escondas
Entre rios, mares… naquela fonte?
No esconso lugar da penumbra?
Não o faças olhos azuis!
Não os escondas
Que eles são lindos demais
Para estarem na sombra

Os teus olhos avultam
Os desejos ocultos
De viagens queridas ter
A Alma tua desvenda
Gestos soltos de brandura
Que só aos teus olhos podiam pertencer

Os teus olhos azuis marcam
Percursos de sonhos
Que a Alma tua desvenda

Octávio da Cunha

Questionei a minha mente (quero fazer um soneto)

Afagam-se as palavras, um tanto,
escrevem-se num liso papel;
envolvemo-las com o doce pranto,
pintamo-las com um fino pincel.

Colocamo-las por frases e versos
rimadas no seu ponto final;
com paixão uns tantos terços,
culminando num amor sem igual.

Seguimos sempre o mesmo lema
na sua escrita ou na leitura,
investindo num belo poema.

Sabemos que nada disto perdura;
mas não usando o velho sistema
fizemos um soneto de alma pura!...

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Agora ando a questionar a mente, talvez em demasia!...
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sexta-feira, 10 de abril de 2009

as partes partiram-se, e a metade, de quem são agora feitas,
é do tamanho de uma lágrima. à partida tudo é permitido,
assim como ao ocaso, e pode faltar tempo, espaço, pode
faltar vontade, mas a lágrima que tem de ser chorada há-de
encontrar sempre um canto. tenho saudade de ter-te por
perto, como às lágrimas, saudades de te chorar rosto abaixo,
lentamente e ficar aqui a morder a tua falta, magoa, dói em
sítios que eu sei lá. porque há lugares, feitos de lágrimas, no
meu corpo, lugares teus, lugares de ninguém.
Margarete da Silva "Mar"
in "casa aberta", blogue da autora
foto da autora, de Luís Belo

As aldeias de meus pais

Desfraldei tuas
paragens,
sortilégio de
recordações…
olhar-te,
só pelas imagens,
me causa
comoções…

Sinto a falta de ti…
do teu cheiro pelas manhãs,
do sol a nascer no horizonte,
do ar que limpa os pulmões,
da erva que serve de divãs,
do crepúsculo visto no monte,
do ralo a cantar aos serões!...

Nada agora me encanta,
que de ti estou distante
e não vejo chegar a hora
de te sentir campos fora,
teu afago emocionante…
terras onde o chão se aflora!...

Verdes foram teus campos,
Aldeias onde nasceram meus pais,
mudaram-se os vossos mantos
mas os sentires são iguais!...

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A convite do poeta Henrique Pedro escrevi este poema...recordando as aldeias onde meus pais nasceram, Carvalhal-Miúdo e Ladeiras de Góis (distrito de Coimbra).
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quarta-feira, 8 de abril de 2009

Intercâmbio cultural





Chegou às minhas mãos, vindo do Brasil, São Paulo, o livro da grande escritora e poetisa brasileira, Helen De Rose, "Um coração no oceano", lançado a 28 de Março, que ela me remeteu.

Das minhas mãos chegou às suas o meu livro "Ser Poeta", lançado a 14 de Março.
Promoveu-se, assim, um salutar intercâmbio entre uma obra portuguesa e outra brasileira, sob a perspectiva da amizade e do carinho mútuo.
Por ser da autoria de alguém que muito admiro, mais orgulhoso fico pela sua recepção.
Um beijinho para o Brasil, para ti, Helen.
Meu agradecimento.

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Lançamento do livro "Caminho da Vontade", de Paulo Afonso Ramos



O autor, Paulo Afonso Ramos, e a Temas Originas, têm o prazer de o convidar a estar presente na sessão de lançamento do livro “Caminho da Vontade” a ter lugar na Biblioteca Municipal Dr. José Vieira de Carvalho, na Maia, no próximo dia 18 de Abril, pelas 15:00.
Obra e autor serão apresentados pelo poeta Xavier Zarco.

Haverá um jantar após o evento, quem quiser estar presente deverá confirmar a presença para: ilucia2@gmail.com


Divulguem e apareçam!


Obrigado.


quarta-feira, 1 de abril de 2009

Resquícios de uma paixão (Dueto com Vera Sousa Silva)


Reparei em ti...
pela penumbra do toldo
do café da Praça Grande.
Desde logo
equacionei algo...
muito diferente
do anteriormente
perspectivado.

Idealizei-te em sonhos
de nuvens pinceladas
entre flocos de luz.

Meus olhares
se situaram
numa insistência
sem sentido...
Facto por ti
reprovado,
pelo teu afastamento...
sem mácula!

Mas eis que sorris
e as estrelas brilham
em cores de suave primavera.

Passaste lesta
pelos meandros
da minha vida.
Teu rasto
se desvaneceu,
com indiferença.
Foste passagem,
de todo,
despercebida!...

Mas ficou a lembrança
guardada no meu peito
que te reclama na saudade.

Poema de Vera Sousa Silva
e António MR Martins