Uivam os ventos na charneca tórrida
Parecem lamentos em línguas de esperança
Em terra moribunda, carente, esquecida
Num cantar dorido,entoam ecos de mudança
Olho-te no passado, chorando o presente
Terra de sangue, ressequida em lume
Ceifaram da lembrança em memória ausente
Os risos do povo, viraram queixume
Se no florir da primavera teus ais se esvaíssem
Se ressurgisses na madrugada , em sol
E os vales adormecidos em vida se abrissem
Ai meu Alentejo,largavas o passo de caracol
Quisessem os homens que os campos florissem
Que de novo renascesses, em flores de Girassol
Antónia Ruivo "alentejana"
1 comentário:
Enquanto "Uivam os ventos",
uma brisa suave e doce
envolve-nos aqui
em teu cantinho.
Linda noite, António.
Beijinho
Glória
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