ao longo da História,
milhões foram queimados,
pelo vil propósito de os calar.
domínio branco tingido pelo saber!
linhas de força;
da generosa e espiritual humana criação.
ah seiva fascinante!
de sabor destemido ante os poderosos,
que estremecem diante do poder da palavra nua.
não balbucia memórias; instiga-as!
em matéria pastosa e solidificada,
rasga o domínio do interdito,
na voz do poeta e escritor maldito.
e de júbilo terno te observo,
leio, venero e amo num clamor branco,
nas páginas esculpidas em sangue
pelo cinzel, na memória do poema onde respiro.
António Paiva
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