quarta-feira, 6 de maio de 2009

A pobre vaidade

Vai segura
E espampanante
A convencida
Bamboleando-se pela rua...

Julga-se a mais bela
Quando despreza
Quem de si se aproxima

Coitada...
Soubera ela
Que se o vestido
Se prendesse num pico
A desnudaria num segundo
E poria a descoberto
As meias rotas
E o elástico lasso das cuecas!

Vai segura
A trote pela rua
Pedantes são os seus tiques
Que ridícula vaidade é a sua!...

Lurdes Dias (Cleo)

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