São pétalas de secura
Levadas pelo vento
Em pesos de melancolia
São folhas ao abandono
Sem eira nem beira
Perdidas sem ter sono
São aves que partem
Para terras de origem
Na presença das nuvens
São tempos de loucura
Onde ventila o lamento
Em demorada ventania
São o aloirar do trono
Das folhas em madeira
Ao sair do mês nono
As ilusões se abatem
Na chegada da fuligem
No Outono dessas origens
Este frio nos carrega
Para a quietude do lar
Neste Outono que chega
Com lareiras a crepitar
A cama nos aconchega
No conforto do deitar
António MR Martins
imagem in http://orizamartins.com/ (Sinfonia de outono), na net
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