terça-feira, 2 de julho de 2013

Do perto ao distante


A partir do Castelo de Quioto, no Japão, por Gonçalo Lobo Pinheiro.


Há um horizonte de ansia
Onde desesperam os condimentos
Uma saudade premente
Repleta de melodias e sons inquietantes

Há um sentido único
Na distância que nos separa
E dois corações que batem por essa saudade
Num atropelo de sensações
E lembranças
Que nos tornam tão pequenos e grandes
De um momento para o outro
E vice-versa

Há uma claridade tamanha
Que limpa a escuridão de um tempo perdido
E vivencia o ganho noutras labutas
Entre tantos sonhos e realidades
De muitas jornadas testemunhadas
Pelas palavras proferidas pelo vento
E onde os pássaros escutam humildes anseios
Cantando-os para consolo da natureza

Há um despertar que vislumbro
Do topo deste castelo
E o alcance do meu olhar
Inunda o horizonte à minha frente
De um vício incontido
Preenchido duma enorme esperança

Eu
Aqui deste lado
Espero ansioso
Crente
E saudoso
Que tudo isso aconteça

 
António MR Martins

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