GASTÃO CRUZ
Diz-me em que escarpa ou falésia
está sepultado o pai da poesiae se as pedras que o cobrem
são xisto leve ou basalto pesado.
Revela-me em que penhasco
posso ver a génese dos poemas
que o tempo iletrado corroeu
e a nossa memória não enxerga.
Conta-me os segredos da verve
ou inicia-me no uso do estro
antes que o equinócio negro
resolva cancelar-me os sentidos.
In livro “Poetas que Sou”, página 54, edições Lua de
Marfim, Póvoa de Santa Iria, Janeiro 2013.
Sobre o livro:
Emanuel Lomelino há muito
perdeu a denominação de principiante das palavras, como ele estabeleceu em suas
obras anteriores, entre um aprendiz e um amador, embora se estabeleça sempre em
aprendizagem, aliás como deverá ser com cada um de nós. Nesse contexto vamos
aprendendo, sempre, e tal deveremos assumir. Mas o Emanuel Lomelino nesse
continuado aglutinar de conhecimento e nesse interiorizar de outras escritas
tem aprendido sobremaneira e está chegado o momento de com ele começarmos a
aprender, também. A sua escrita, hoje, alcandora-se a patamares de elevada
criação e a sua poética é cada vez mais valorosa e perspicaz. E nesse estatuto
quis o poeta identificar-se com os poetas que a ele foram fazendo crescer entre
as palavras e homenageá-los com este grandioso livro de poesia “Poetas que Sou”.
Este é um significativo marco no seu percurso ascendente, que se presume terá
muitas etapas valorosas, de um promissor e exemplar crescimento. Aconselho-vos
a lerem esta obra, mas não só: Leiam Emanuel Lomelino!
Endereço da sua página no
facebook:
https://www.facebook.com/emanuel.lomelino?fref=ts
Outros lugares das suas
palavras:
http://tocaafalardisso.blogspot.pt/http://amadordoverso.blogspot.pt/
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