Liberdade corrupta
Dou-me ao riso das marionetas
e às carcaças das tartarugas,sem medo de chuva oblíqua
que permeia o meu corpo solitário.
Deixo a porta aberta.
A algazarra das crianças que brincam na ruahumaniza-me a esperança de outras
que morrem de pistola na mão,
e o pião roda, roda, roda…
o fio queima o olhar
das que fazem tapetes
sem sol, sem noite, sem hora.
Não me acordes amanhã
e se por acaso eu acordarmente-me, diz que O’Neill
ainda está vivo.
In livro “identidades”, página 22, edições lavra… Boletim de Poesia, Vila Nova de
Gaia 2013.
Conceição Bernardino “uma” dos
melhores autores de poesia de índole social (para mim), sem receios, sem
demarcações como que “agarrando o toiro pelos cornos” (como sói dizer-se),
sempre, assume nesta obra esse desiderato da melhor forma ou seja,
superiorizando-se ao que dela já conheço editado, num grito a plenos pulmões
com excelente poesia lado a lado. Estas “identidades” em que se faz acompanhar
de seus pseudónimos, com a sensualidade, o amor, o erotismo abrilhantados pela
sagacidade de Carlos Val e os mais variados sentires: filosofados,
interrogados, acentuados, constatados, fraternizados, respeitados, odiados,
amados, ventilados em múltiplos retalhos apresentados em curtas prosas pela sua
outra identidade: Mathilde Gonzalez. Este é sem dúvida um livro que recomendo e
urge ler sem preconceitos.
O endereço de Conceição
Bernardino no facebook:
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O endereço de Carlos Val no
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