terça-feira, 30 de julho de 2013

Viriato II - Ilações durante o banquete


Imagem da net.


Tudo à volta de Viriato luzia de plena riqueza
entre prata e ouro e uma enorme quantidade de tecidos especiais
imagem a que não ligava
mas certamente desconfiava de tanta abundância
apesar de não o demonstrar pela admiração
somente o olhar de desdém era visível a todos os presentes

Viriato negou-se a sentar àquela mesa abastada
pelo matrimónio que se comemorava
apenas retirou pão e carne suficientes para dar de comer a seus homens
dando ordem para que a noiva entrasse
desfrutando daquele ambiente festivo
por breves momentos

Pouco tempo depois
e após ter feito os habituais rituais Iberos
e os sacrifícios inerentes
aos deuses
indícios de um evento daquele calibre
sentou a noiva na sua égua
e partiu para a montanha onde havia estipulado o seu lar
num ambiente em que se sentia liberto daqueles preceitos

Para Viriato a autarcia era a maior riqueza
e a liberdade a sua pátria
sendo toda a fama conquistada pela sua valentia e pundonor
o bem mais seguro de todos quantos existiam

 
António MR Martins

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